Maestro Frotas em expansão
Maestro Frotas planeja se expandir por meio de Aquisições | Por João José Oliveira
A Maestro Frotas, empresa de terceirização e gestão de veículos para empresas, planeja usar o mercado de capitais para crescer por meio de aquisições, disse Fábio Lewkowicz, presidente da empresa, durante cerimônia de listagem da empresa na Bovespa.
“O mercado ainda é bastante pulverizado, com mais de cinco mil locadoras no país e queremos participar da consolidação por meio de aquisições. Esse é o principal objetivo da listagem em bolsa”, disse o executivo.
A Maestro é controlada pelo fundo de investimento privado Stratus, que aportou R$ 52 milhões desde 2011 e detém hoje 7 7 % da companhia. Os demais 23% são da família fundadora.
“Com a listagem podemos aproveitar uma janela de oportunidade sem perder tempo”, disse Lewkowicz. “Mas isso deve ocorrer entre dois e três anos. Só faremos um IPO [oferta pública inicial de ações] se surgir uma oportunidade de grande aquisição.”
A Maestro tem caixa por causa da captação feita recentemente no mercado de dívida, afirmou ele. A companhia captou em fevereiro R$ 62 milhões por meio da emissão de debêntures, em operação estruturada pelo Banco Modal. Os papéis pagam variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) mais 4,25% ao ano, com prazo de 60 meses. “Antes de um IPO v amos fazer outra [emissão de] debêntures, mas ainda não estamos cotando”.
As debêntures emitidas pela Maestro foram colocadas em uma oferta junto a investidores institucionais. Os recursos estão financiando a ampliação da frota. O grupo quer elevar dos 2,6 mil carros para 4 mil unidades o pátio de oferta da companhia.
Mas esse plano era maior, de chegar a 4,5 mil carros. “O mercado está bastante difícil por causa da demanda”. A Maestro fechou 2014 com R$ 44 milhões de faturamento ante R$ 55 milhões em 2013. “Nós crescemos cerca de 5% no segmento de locação, mas vendemos menos carros porque tínhamos mais contratos”.
“Apenas cerca de 10% dos veículos das empresas são de frota, e 90% próprios. Em mercados mais maduros na Europa, cerca de 30% das frotas corporativas são terceirizadas. Temos espaço para crescer.”